Espanha é um dos países mais apelativos do mundo para o investimento em energia limpa. Esta é a conclusão de um estudo da empresa de consultoria EY, que coloca Espanha no top 10 da 56ª edição do Índice de Capacidade de Atração dos Países em Energias Renováveis (RECAI), depois de ter descido para a 29ª posição do mesmo ranking em 2017. Vejamos porque é que Espanha é, atualmente, um dos melhores países para investir em energias renováveis.
Esta é a posição mais alta alcançada por Espanha no que diz respeito às fontes de energia renováveis desde 2011, quando o país alcançou o nono lugar, graças a um impulso dado à energia solar fotovoltaica e à energia eólica.
"As perspetivas a médio prazo continuam a ser positivas para Espanha. O compromisso assumido a nível nacional, quando se trata de energias renováveis, reduziu o risco regulamentar para os investidores", explica Víctor M. Pérez, Sócio responsável pelo Setor Energético no EY. Além disso, a empresa de consultoria acredita que a energia verde "vai desempenhar um papel decisivo na recuperação económica do nosso país".
Entre os 30 países mais atraentes para investir em energia verde estão também as principais potências económicas (EUA, China, Alemanha, Japão e França), bem como vários países europeus. Marrocos está também entre os mercados mais proeminentes, tal como Taiwan. Este é o ranking das energias renováveis por país:
| Posição | País |
| 1 | EUA |
| 2 | China |
| 3 | Austrália |
| 4 | Índia |
| 5 | Reino Unido |
| 6 | Alemanha |
| 7 | França |
| 8 | Japão |
| 9 | Holanda |
| 10 | Espanha |
| 11 | Chile |
| 12 | Dinamarca |
| 13 | Coreia do Sul |
| 14 | Irlanda |
| 15 | Brasil |
| 16 | Canadá |
| 17 | Itália |
| 18 | Marrocos |
| 19 | Argentina |
| 20 | Israel |
| 21 | Taiwan |
| 22 | Portugal |
| 23 | Finlândia |
| 24 | Bélgica |
| 25 | Suiça |
| 26 | Egito |
| 27 | Noruega |
| 28 | Polónia |
| 29 | Filipinas |
| 30 | Turquia |
O índice salienta que os avanços tecnológicos como o uso de hidrogénio e inteligência artificial desempenharão um papel fundamental na consecução do objetivo de emissões zero num mundo pós-COVID-19. Do mesmo modo, se o objetivo é acelerar a transição para baixas emissões de carbono, é essencial que as alterações climáticas e as energias renováveis se mantenham no topo da agenda global.
Este ranking de energias renováveis também defende a utilização de novas tecnologias para melhorar a gestão de activos e melhorar a previsão da procura, através da Internet das Coisas (IoT), sensores, "big data" e algoritmos de inteligência artificial.
"A quantidade de dados que estão a ser recolhidos e os desenvolvimentos tecnológicos cada vez mais avançados tornam possível fazer previsões que vão para além do que o tempo vai ser durante a semana. Por exemplo, é possível descobrir quanta energia extra é utilizada numas férias ou num evento internacional, ou mesmo como a altitude afeta a utilização de energia. Tudo isto torna possível, entre outras coisas, que as empresas de produção e comercialização de energia façam uma melhor previsão da produção", salienta o estudo.