Após o impacto da pandemia, o setor imobiliário em Espanha tem vindo a recuperar positivamente, com valores de venda de imóveis superiores aos níveis pré-pandemia.
Nesta recuperação, os compradores privados e investidores interessados em propriedades de luxo localizadas em grandes cidades como Madrid ou Barcelona, nas ilhas e nas zonas costeiras têm desempenhado um papel importante. Em tempos de crise e incerteza, é de se esperar que aqueles com alto poder de aquisição aproveitem a oferta e a facilidade de compra para fazer investimentos. Algo notado em grande medida no último ano, sobretudo tendo em conta a mudança que se verificou na procura e nas necessidades das famílias. Por exemplo, mais pessoas querem mudar-se para imóveis com áreas externas como jardins e piscinas, espaços maiores e áreas de lazer, e no caso de moradias de luxo, com serviços e várias características diferenciadoras como piscina aquecida, segurança, domótica e acabamentos com materiais de alta qualidade.
Vários estudos destacam o aumento de juros e transações que foram fechadas recentemente em imóveis de luxo, e as previsões para essa tendência aparentam ser otimistas, mas quais são os motivos da elevada procura por esses imóveis? O Instituto de Valoraciones analisou o panorama atual para avaliar a situação deste mercado:
- Espanha é "o lugar para estar" para estrangeiros que procuram casas de luxo em áreas nobres das grandes cidades, ilhas e áreas costeiras. A flexibilização das restrições de viagens e o aumento da mobilidade internacional impulsionaram a reativação do investimento estrangeiro em Espanha e, em particular, a procura no mercado da habitação de luxo por parte dos que têm maior poder de compra. Já estamos a ver como, por um lado, os europeus, que procuram de destinos com sol, litoral e bom tempo, e que ainda ofereçam uma boa oferta de serviços, gastronomia, cultura e lazer, se interessam por imóveis de luxo localizados em enclaves de praia, como a costa mediterrânica, as Ilhas Canárias e as Ilhas Baleares. Por outro lado, as principais e mais comerciais cidades como Madrid e Barcelona atraem a atenção de europeus e outros estrangeiros da Ásia e da América Latina que compram imóveis tanto para si como para investimento. De facto, em Madrid existem vários novos empreendimentos habitacionais de luxo que procuram satisfazer esta procura em zonas nobres como Chamberí, Salamanca, Retiro, Centro e Chamartín.
O período da pandemia gerou oportunidades imobiliárias com possibilidades de alta rentabilidade. Investir em imóveis ainda é uma aposta segura, algo que ficou ainda mais claro no último ano, quando a indústria de tijolos, apesar do impacto da pandemia, resistiu e até recuperou de forma muito positiva. O mercado de luxo está em alta e isso significa que agora é a hora de investir antes que os preços subam, aproveitando as oportunidades imobiliárias. Isso soma-se ao desejo dos investidores de comprar imóveis para obter uma renda e construir riqueza num momento em que a inflação tende a subir e a habitação oferece melhores retornos do que outros produtos financeiros. Assim, ao avaliar os melhores ativos para investimento, os principais fatores que os compradores tendem a avaliar neste tipo de habitação são: localização, conforto, qualidade dos materiais, serviços e áreas comuns, e outros fatores como domótica, tecnologia e eficiência energética dos lares que ganham cada vez mais destaque.