A agência imobiliária Century 21 prevê a queda dos preços das casas nos próximos meses
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Ricardo Sousa, CEO da Century 21 em Espanha e Portugal, considera altamente provável que "devido à situação económica dos proprietários e investidores, alguns tenham necessidade urgente de vender para fazer face à falta de liquidez, pelo que aplicarão descontos para conseguir uma venda rápida dos seus imóveis a curto prazo". Por isso, a empresa prevê quedas de preços nos próximos meses em consequência da crise do coronavírus em Espanha.

No que diz respeito às rendas durante este período, a Century 21 assegura que a crise económica e de saúde se reflectirá no não pagamento das rendas e na venda de ativos imobiliários, de forma a recuperar a liquidez das empresas e de alguns investidores, bem como a venda de segundas habitações. De acordo com o CEO da Century 21 Espanha, "esta situação provocará a atração de investidores com liquidez, que terão acesso à compra de ativos com desconto a curto prazo".

Por outro lado, a empresa acredita que o setor mais afetado no mercado imobiliário será a procura internacional, uma vez que não só o resto dos mercados europeus e internacionais estão a atravessar uma crise de saúde semelhante, como as fronteiras com o mercado espanhol foram também fechadas.

Embora o segundo trimestre seja difícil, a empresa fundada nos EUA espera que a situação no setor recupere no último trimestre do ano e regresse à normalidade no início de 2021. A empresa acredita que a atividade de promoção imobiliária, ao contrário de outros setores, tem capacidade para assumir uma suspensão temporária da atividade e, em seguida, retomar os procedimentos de venda e compra pendentes. A promoção imobiliária por natureza é um negócio com um ciclo longo, pelo que está preparada para suportar ciclos de 3 a 6 meses com vendas mais baixas. Por este motivo, Ricardo Sousa espera "uma suspensão das decisões de compra, mas não um cancelamento das operações de venda". No Century 21 estamos convencidos que quando esta crise de saúde acabar, o setor será reativado".

Por fim, a empresa realça o lado bom desta crise e que é a chegada do teletrabalho e a promoção das ferramentas digitais. De fato, Sousa afirma que "a empresa registou um aumento significativo das visitas às nossas plataformas digitais, bem como um aumento significativo do número de utilizadores registados na aplicação para dispositivos mobile". Este é um indicador claro de que a procura parou no tempo mas, com a superação da crise, espera-se que esta seja retomada".