Hotel W
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Os hoteleiros espanhóis enfrentam a realidade do plano de "desescalada" proposto pelo governo, numa tentativa de voltar à normalidade após a pandemia do coronavírus. O sindicato dos hotéis e do alojamento turístico, Gremi d'Hotels de Barcelona, descreveu o plano de reabertura proposto pelo Governo espanhol como " ultrajante", uma vez que a reabertura dos estabelecimentos nos termos que propõe os leva a uma "catástrofe económica e de emprego".

Numa declaração, o sindicato afirmou que o plano "não resolve os aspetos essenciais do relançamento da atividade hoteleira", como o pedido de prorrogação "das razões de força maior aplicáveis ao ERTE (despedimento temporário)", durante os seis meses que se seguem ao fim do estado de alarme.

"As medidas previstas neste plano, tais como não permitir viagens interprovinciais ou manter as fronteiras fechadas, provocarão o esvaziamento dos estabelecimentos, resultando numa situação económica e de emprego extremamente grave e insustentável que não permitirá manter a mão-de-obra", acrescentou ainda o porta-voz sindical.

Assim, pedem ao governo que tome "medidas corajosas, claras, concretas e generosas para salvar o setor", dada a importância "que a indústria do turismo tem no PIB do país".

O sindicato do alojamento em Barcelona associou-se à decepção expressa pela Confederação Espanhola de Hotéis e Alojamento Turístico (Confederación Española de Hoteles y Alojamientos Turísticos, CEHAT) porque consideram que o plano "ignorou totalmente as necessidades básicas que o setor hoteleiro tinha, repetidamente, levantado nas últimas semanas para promover um processo de reabertura com garantias".