A ocupação de casas está novamente em ascensão em Espanha. De acordo com o Ministério do Interior, foram registados 16.426 crimes de ocupação e invasão de domicílio em todo o país em 2024, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. Este é o terceiro número mais elevado da série histórica iniciada em 2010. A Catalunha é responsável por pouco mais de 7.000 casos, 42,6% do mercado interno, embora a grande maioria se concentre na província de Barcelona (5.077). A região catalã lidera também o aumento de processos judiciais movidos por ocupação ilegal de domicílios.

O CaixaBank Research prevê um ano de expansão para o mercado imobiliário, caracterizado por aumento nas vendas, novas licenças de construção e preços. Segundo as estimativas, até 78% dos municípios com mais de 25.000 habitantes terão um aumento anual nos preços dos imóveis de mais de 5% até ao final do ano, e em 32% dos casos o aumento será de dois dígitos. No entanto, espera-se quedas em apenas 1% das localidades.

Ao longo deste ano, mais estrangeiros compraram imóveis na Espanha, muitas vezes quebrando recordes. Segundo notários, cidadãos de países como EUA, Portugal, Itália, Marrocos e Ucrânia compraram mais imóveis do que nunca na Espanha, enquanto o preço médio pago por todos os compradores estrangeiros atingiu máximos históricas. Muitos estão a solicitar créditos habitação para financiar a compra, com executivos e empresários sendo os perfis mais proeminentes. As áreas costeiras continuam a ser as preferidas, enquanto Madrid se destaca no setor de luxo. O fim dos "Vistos Gold" também foi aprovado este ano.

Espanha continua a atrair compradores estrangeiros de imóveis.