
Tal como se esperava, as transações imobiliárias em 2017 superaram com margem as 450.000 operações, segundo os dados do INE. As compras e vendas subiram um 14,6% interanual, o maior aumento verificado na série histórica que arrancou em 2007, e continuam a cadeia pelo quarto ano consecutivo após apresentar valores mínimos. Além disso, não se vendiam tantas casas desde 2008, ano que fechou com mais de meio milhão de operações.
As compras e vendas de casas fecharam 2017 com os seus melhores dados, desde os mínimos históricos de 2013. Em quatro anos, passámos de superar com dificuldade as 300.000 transações, a concretar valores acima das 450.000 vendas do ano passado, uma subida de 48,5% nestes quatro anos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
As 32.211 transações que se registaram em dezembro, sobre os vários Colegios de Registradores de la Propriedad em Espanha, somaram, com o fecho do ano, um total de 464.423 vendas em 2017, 14,6% mais do que em 2016. Este aumento é o maior da série histórica, desde que o INE começou a determinar estatísticas, em 2007.
Fernando Encinar, chefe de estudos de idealista, explica que “a estatística deste ano ultrapassou todas as previsões, recuperando o nível de operações do ano 2009. O setor conseguiu superar a crise catalã, onde as compras e vendas passaram de um crescimento de 20% no mês de junho, a um 13% no final do ano. O facto de que a nova construção volta a crescer é um sinal inequívoco da boa saúde do setor, apesar que os dados ainda são modestos nas zonas com maior demanda”.
Por tipo de casa, durante 2017, a venda de casas usadas superou as 380.000 transações, um 82,1% do total. Os dados absolutos supõem um 15,4% mais do que em 2016 e somam 5 anos de subidas, apesar de que também se nota alguma moderação, já que o incremento é menor desde 2013.
No que diz respeito a nova construção, termina uma temporada de seis anos em negativo e cresce 10,8% em 2017, em comparação ao ano anterior, com 83.260 vendas de casas novas. Um dado que supõem 17,9% do total de operações do ano pasado e que está muito afastado das mais de 325.000 casas novas que se venderam em 2007.