
Comprar uma propriedade na Espanha rural, numa aldeia tranquila ou deserta, pode ser uma grande alternativa para quem pensa mudar-se para território espanhol. O confinamento provocado pelo coronavírus e o aumento do teletrabalho em Espanha levou a mudanças no interesse da procura de habitação e muitos consideram deixar as cidades movimentadas e costas apinhadas, gerando um interesse crescente em propriedades em aldeias com menos de 5.000 habitantes. No mês de janeiro, 10,1% das pesquisas de imóveis à venda que foram realizadas no idealista foram em municípios com menos de 5.000 habitantes, enquanto que em junho, esta percentagem aumentou para 13,2% do total.
Comunidades Autónomas
Olhando para as Comunidades Autónomas de Espanha, apenas as Ilhas Baleares registaram uma redução do interesse em cidades mais pequenas (de 11,4% em janeiro para 11,1% em junho), e em todas as outras regiões, cresceu o interesse por este tipo de municípios. Castela e Leão registou o maior aumento na primeira metade do ano, de 23,7% de pesquisas em janeiro a 33,7% em junho. Segue-se a região de Navarra (de 18,1% para 26,6%), Castela-Mancha (de 35,5% para 43,4%) e La Rioja (de 20% para 26%). Em Madrid, o interesse cresceu de 3,7% para 6,2% e na Catalunha de 9,7% para 11,9%.
Castela-Mancha com o maior número de pesquisas em cidades com menos de 5.000 habitantes, uma vez que 43,4% de todas as buscas são realizadas nestas cidades rurais. A esta região segue-se Cantábria (39,1% do total), Castela e Leão (33,7%), Estremadura (29,3%), Navarra (26,6%) e La Rioja (26%). Por outro lado, as Ilhas Canárias foram a região em que este tipo de municípios gerou menos interesse (3,2%), seguida de Madrid (6,2%), Andaluzia (9,9%) e Astúrias (10,3%).
Províncias
Quanto às províncias espanholas, para além das Ilhas Baleares, o interesse pelas pequenas cidades reduziu-se em Girona, Sevilha e Tarragona, enquanto que em todas as outras continuou a crescer. O maior aumento ocorreu em Ávila (de 52,1% para 63,5%), Burgos (de 22,9% para 33,8%), Cuenca (de 42,3% para 53,1%) e Álava (de 13,2% para 23,5%). Em Barcelona registaram-se também aumentos, de 4,7% em janeiro para 6,5% em junho.
Ávila foi também a província na qual se verificou maior interesse em propriedades rurais (63,5% do total de pesquisas), seguida de Segóvia (58,3%), Teruel (56,8%), Toledo (53,7%), Cuenca (53,1%) e Huesca (52,6%). Acima de 40% encontramos também as províncias de Guadalajara (49,2%), Cáceres (41,7%) e Soria (40,7%). No extremo oposto da escala encontra-se a província de Las Palmas onde apenas 0,9% das buscas se referem a este tipo de municípios, seguida de Guipúscoa (4,1%), Sevilha (4,5%) e Cádis (5,5%).