Últimas estatísticas referentes a mercado imobiliário espanhol / Gtres
Últimas estatísticas referentes a mercado imobiliário espanhol / Gtres

Sopram ventos favoráveis para o mercado imobiliário e não só no que diz respeito ao arrendamento. Esta situação reflete-se na última Estadística Registral Inmobiliaria, elaborada pelo Colegio de Registradores de Espanha, que demonstra que o preço das casas aumentou um 9,4% de forma homóloga, no primeiro trimestre de 2018.

De acordo com o mesmo estudo, as compras e vendas de imóveis entre janeiro e março situaram-se em 128.990 operações, mais 13,4% do que em 2017, e 15,3%, em relação ao trimestre anterior. Desde 2008, não se registavam cifras semelhantes quanto à compra e venda.

As comunidades autónomas que registaram um maior número de compra e venda de casas em taxa interanual foram Andaluzia (24.208), Catalunha (20.756), Valência (19.876) e a Comunidade de Madrid (18.855), enquanto que os maiores aumentos intertrimestrais corresponderam ao País Basco (36,27%), Múrcia (31,88%) e Navarra (21,43%).

Por outro lado, nos últimos 12 meses registaram-se 479.475 operações, o maior resultado em período homólogo, desde o primeiro trimestre de 2009. As províncias que registaram um maior número de compras e vendas foram Madrid (72.131), Barcelona (54.462), Alicante (36.447), Málaga (30.530), Valência (27.609), Ilhas Baleares (16.211), Sevilha (15.320), Múrcia (14.251), Las Palmas (12.386), Tenerife (11.952) e Cádis (11.483).

Em termos relativos (com respeito ao número de habitantes), as províncias com maior número de compras e vendas, por cada mil habitantes, durante o último trimestre, foram Alicante (5,54), Málaga (4,81), Castelló (3,78), Almeria (3,75) e Girona (3,74).

Por tipologias, em novas construções registaram-se 22.229 operações e 37 províncias aumentaram o número de compras e vendas registadas. Os maiores aumentos foram alcançados em Castelló (180,49%), Álava (115,08%), Teruel (69,09%) e Biscaia (64,31%). Além disso, 28 províncias alcançaram subidas intertrimestrais de dois ou mais dígitos.

No que diz respeito às casas usadas, registaram-se 106.691 transações, o que se traduz numa cifra superior à do segundo trimestre de 2007. Nesta linha de crescimento, foram 43 as províncias que aumentaram o número de compras e vendas. Neste caso, as maiores taxas de crescimento corresponderam a Guipúscoa (38,95%), Biscaia (31,95%) e Múrcia (30,35%). Também, em 32 províncias foram alcançados aumentos intertrimestrais de duas cifras.

Os britânicos continuam a liderar, mas o ‘Brexit’ causa estragos

A compra de casa por parte de estrangeiros baixa subtilmente desde o 13,6% - dos últimos três meses de 2017 – até 13,1% do total de operações do primeiro trimestre de 2018 mas, com uma subida em termos absolutos, devido ao aumento do número geral de transações, já que no quarto trimestre de 2017, se registaram cerca 15.000 e entre janeiro e março de 2018 se realizaram 16.500.

A nacionalidade dos compradores mantém as posições tradicionais. Os britânicos continuam a ocupar a primeira posição da tabela com 14,6%. “Esta cifra é muito baixa e a causa da mesma é o ‘Brexit’, visto que esta percentagem apenas representa um terço das vendas registadas antes que o Reino Unido decidisse abandonar a União Europeia”, assinala o Colegio de Registradores de Espanha.

A segunda e terceira posições são ocupadas pelos alemães (7,9%) e franceses (7,6%), respetivamente. No último ano, os estrangeiros protagonizaram cerca de 63.000 compras de casas.

Em concreto, as províncias com maior peso de compra por estrangeiros, durante o primeiro trimestre do ano, foram Alicante com 41,05% e Tenerife com 40,78%.

A estas duas províncias seguem-se, com resultados muito próximos a 30%, as Ilhas Baleares (31,72%), Málaga (30,57%) e Girona (26,94%). Em conjunto com Alicante e Tenerife, estas são as cinco províncias que apresentam maiores resultados de peso de compra de casas por estrangeiros nos últimos anos, com resultados superiores ao resto das províncias.

Fotografia do crédito habitação

A dívida no crédito habitação subiu moderadamente em 0,2%, durante o último trimestre, atingindo os 121.123 euros, o que supõe um aumento de 3,4% em relação ao mesmo trimestre de 2017.

A contratação de crédito habitação de tipo fixo mantém-se estável, correspondendo a 37,3% dos novos créditos atribuídos, enquanto que a contratação do tipo variável atinge os 62,7%.